COMO PEÕES NO TABULEIRO DE XADREZ DO PODER – Notícias Cristãs
26 de outubro de 2023
Agora Ancara oferece-se para “receber” (mas não na sua própria casa) os palestinianos expulsos de Gaza.
É cada vez mais difícil (pelo menos para um proletário auto-alfabetizado como o escritor) compreender algo da Grande Desordem Planetária que inexoravelmente subjuga este vale de lágrimas. É cada vez mais difícil distinguir entre vítimas (consentidas?) e executores (involuntários?).
Depois de ter testemunhado a difusão do método bem testado de “independência de geometria variável”, tendo notado amargamente como os povos foram vítimas de formas semelhantes de exploração, opressão e colonização (palestinos, curdos, tuaregues, judeus, armênios, saharauis, tâmeis, baluchis etc…) são explorados em diversas ocasiões e por vários manipuladores (só para depois jogá-los no aterro da história sem sequer um bom resultado) agora estamos chegando ao ponto do absurdo.
Erdogan, juntamente com os seus bandos jihadistas (os seus askari), é candidato a um papel muito específico. A de cúmplice da limpeza étnica que ocorre em Gaza. Instalando campos de refugiados no norte da Síria para os palestinos expulsos da Faixa.
Desde 2018, ano da invasão de Afrin, Ancara criou múltiplos campos e colonatos não só para as famílias dos colaboradores jihadistas, mas também para as dos palestinianos, geralmente provenientes de outras regiões sírias, com a intenção explícita e declarada de modificar a situação. demografia da área, onde a presença curda era substancial.
Entre os mais recentes, o campo Cindiresê, em construção em Rojava, Afrin.
A Turquia há muito que colabora assiduamente com Israel (no recente ataque à Arménia ambos eram aliados do Azerbaijão, mas suspeita-se que mesmo Ocalan tenha sido raptado por agentes israelitas e depois entregue à Turquia), mesmo à custa dos palestinianos (negociando moeda?). Assim, enquanto oferece uma ajuda a Israel no trabalho de colonização dos territórios palestinos (e talvez também com os drusos no Golã ocupado), oferecendo uma “rota de fuga” aos desesperados, a Turquia continua com a outra colonização, por conta própria, às custas dos curdos.
Gianni Sartori
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