DUAS PERSPECTIVAS DIFERENTES… – Christian News
23 de dezembro de 2023Como ex-lutador de artes marciais, fico muito feliz com a conversão de Hulk Hogan, o ex-lutador profissional que entregou sua vida a Jesus.
No dia do seu batismo, Hulk Hogan declarou: “Total entrega e dedicação a Jesus é o melhor dia da minha vida. Sem problemas, sem ódio, sem julgamento… Apenas amor!”
HULK é um gigante que em seu testemunho estranhamente se compara a ZAQUEUS – o menor homem dos Evangelhos que muda de perspectiva, subindo em uma árvore, para ver Jesus.
Então, enquanto escrevo para você, me pergunto que razão deveríamos nós, humanos, ter para nos aproximarmos de Deus? Qual a razão pela qual é necessário olhar de cima? Talvez porque olhar de cima REDIMensiona o tamanho das coisas e também dos problemas da vida. Olhar de cima para baixo nos dá uma visão clara de quem somos e de quem Deus realmente é.
Voltemos por um momento a Zaqueu, na história do Evangelho, ele sobe no sicômoro para ver a cena da chegada de Jesus. É uma perspectiva diferente da habitual que ele escolhe, habituado pela sua altura física (“…era de pequena estatura”) e pelo trabalho que realiza (“…chefe dos publicanos e rico”) a ser baixo tanto do ponto de vista concreto quanto na consideração perante o povo, que odiava os publicanos (e seus líderes) e os considerava amaldiçoados por Deus e impuros.
Zaqueu tenta timidamente mudar as coisas e não ficar à margem à força. A história não nos conta diretamente o motivo pelo qual este homenzinho faz aquele gesto, mas talvez possa ser deduzido de um hábito de Jesus, tão odiado pelos seus adversários, que era estar muitas vezes entre pecadores, cobradores de impostos e prostitutas, sem medo. de ser ele próprio impuro diante de Deus: talvez Zaqueu se refira a isso e decida subir e ver a cena de um ponto de vista diferente e superior.
JESUS também escolhe um ponto de vista diferente para olhar os homens e até o próprio Zaqueu. Não de cima, mas de baixo (“Jesus olhou para cima”). E também aqui há uma inversão das perspectivas habituais.
Se repensarmos a história de Jesus, podemos dizer que o próprio Deus quis escolher olhar para o homem não da perspectiva dos céus imaculados e perfeitos, mas precisamente do ângulo do homem.
Isto parecia tolo e absurdo aos religiosos da época, e por esta razão condenaram Jesus como blasfemador. Mas é justamente com isso que Deus mudou as coisas e abriu novos caminhos. Na história, Jesus acaba à mesa com Zaqueu, o pequeno pecador impuro! E isto muda a vida deste último, abrindo-o à caridade. Jesus, Zaqueu e os pobres estão, no final, no mesmo nível, e desta forma o mundo realmente muda.
Nos últimos dias, fez muito barulho o que aconteceu em Goro, uma pequena cidade de Ferrara, cujos habitantes ergueram barricadas para impedir a chegada de alguns refugiados designados pelo prefeito para uma instalação local. E embora se tenha descoberto imediatamente que os refugiados eram todos mulheres, uma das quais estava grávida, o protesto e o bloqueio não pararam.
Isto é instigante e não pode ser descartado como um evento pequeno e que não se repete. É todo um clima que, na minha opinião, está a “deteriorar-se” devido ao drama da migração dos povos devido à pobreza, às guerras e às injustiças. Acolher não é fácil e nunca é indolor, certamente requer cada vez mais organização e colaboração entre cidades e estados. Mas a solução de “portas fechadas”, “paredes” e “barricadas” não é lógica e muito menos cristã.
A sociedade da época de Jesus estava cheia de barreiras e muros, tanto do ponto de vista físico como estritamente religioso. Jesus queria quebrar todas essas barreiras que existiam especialmente dentro das pessoas. Jesus deu-nos o “ponto de vista de Deus” que vê em todos, a começar por este mesmo Zaqueu, um “filho de Abraão”, isto é, alguém como os outros, também digno de ser amado e acolhido antes de tudo.
Levantar barreiras culturais e religiosas é verdadeiramente contra o que o Evangelho nos ensina e, como cristãos, não podemos deixar de nos sentir desafiados. Em menos de dois dias a tradição leva-nos a celebrar o Natal, “Deus tornando-se homem”.
Garantamos, portanto (não só com palavras, mas com atos), que estas celebrações não sejam tão esvaziadas de significado a ponto de esquecermos que Deus, com Jesus nascido em Belém, desceu das alturas do céu como hóspede e peregrino no meio de nós, para ser acolhido em cada homem e mulher da terra. Deus ousou mudar as regras e procurou novas formas de amar cada homem. E não é um “momento passageiro”, mas sim a história da humanidade.
Pastor Mara
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