Faz sentido colocar a Hungria entre os “bandidos”?  – Notícias Cristãs

Faz sentido colocar a Hungria entre os “bandidos”? – Notícias Cristãs

4 de setembro de 2023 0 Por Editor

Budapeste quer proteger os menores da pedofilia, da sexualização precoce e da ideologia de género, mas isto não é bem recebido em Bruxelas.

Aqui vamos nós outra vez. Mais uma vez foi atribuído ao governo Orbán o papel de “bandido”. E o casting, mais uma vez, acontece em Bruxelas.

Orbán contra (quase) todos

Pela enésima vez, Budapeste foi ameaçada com sanções pela União Europeia. A mais dura de todas foi a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyenque chamou a nova lei húngara de “vergonha”.

Entretanto, o Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, colocou a questão húngara na agenda dos 27 líderes europeus, empurrando para segundo plano as questões urgentes, desde a imigração à moeda. Até a Amnistia Internacional tomou medidasimplorando sem sucesso ao presidente húngaro János Áder não assinará o lediasE.

Dezassete parceiros europeus (Bélgica, Alemanha, França, Espanha, Irlanda, Holanda, Suécia, Dinamarca, Estónia, Finlândia, Lituânia, Luxemburgo, Itália, Suécia, Chipre, Malta, Grécia) assinaram o seu declaração de culpa contra um arquivogge julgado “discriminatório para as pessoas LGBTI, contrário aos valores e princípios europeus.

Em vez disso, a Hungria, a República Checa, a Eslováquia, a Croácia, a Eslovénia e a Polónia tomaram posição. A perspectiva agora é um processo de infração contra a ONUghéria.

A inocência das crianças deve ser preservada

Bem, o que há de tão aberrante na nova lei húngara que mereça tantas injúrias? Primeiramente, convém lembrar que esta lei não pune a homossexualidade mas sim a pedofilia. Para ser mais preciso, endurece as penas para o abuso sexual infantil e impõe sérias restrições à educação sexual, para que esta não se torne um veículo para ensinamentos duvidosos.

Com o esmagadora maioria de 157 votos de um total de 199 assentos, a lei foi aprovada, contando com o apoio multipartidário do Fidesz, do partido do primeiro-ministro Viktor Orban e da extrema direita. Quase toda a esquerda se absteve e apenas um parlamentar votou contra.

Primeiro, a nova lei proíbe “tornar acessível a pessoas que não tenham atingido a idade de dezoito anos conteúdo pornográfico ou que retrate a sexualidade de forma gratuita ou que faça propaganda ou retratam divergência da identificação correspondente ao sexo de nascimento, mudança de sexo ou homossexualidade”.

Mesmo no nível da mídia, a gravidade é notável: qualquer programa de televisão que possa “exercer uma influência negativa no desenvolvimento físico, mental ou moral dos menores”deve ser classificado como“impróprio para públicos menores de dezoito anos. Ainda mais se for acompanhado de imagens ou atributos de violência e contiver referências à homossexualidade ou à identidade de gênero.

O mesmo se aplica ao nível educativo em sentido estrito: as escolas não poderão transmitir conteúdos ou ensinamentos destinados a “promover a divergência da identificação com o sexo no nascimento, mudança de sexo ou homossexualidade”. Em poucas palavras, em qualquer contexto, é proibida a propaganda de género entre menores.

De salientar – por último mas não menos importante – o estabelecimento do registo público de criminosos pedófilos, de acordo com um esquema já adoptado nos EUA. Por fim, espalhadores de pornografia infantil são punidos com 20 anos de prisão, sem liberdade condicional se as vítimas tiverem menos de 12 anos. Nos casos mais graves a pena torna-se imprescritível, enquanto a proibição da utilização de pedófilos soltos em qualquer local onde estejam presentes menores será permanente.

A Europa tremendamente consistente com os seus “novos princípios”

O aspecto paradoxal do ataque frontal da União Europeia à Hungria reside no facto de a nova lei húngara é perfeitamente consistente com numerosos princípios do direito internacional. Primeiro, implementa perfeitamente o artigo 26 da Declaração Universal dos Direitos Humanos: “Os pais têm direitos prioritários na escolha do tipo de educação a dar aos seus filhos”.

Até a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia apoia Orbanque, no artigo 14, parágrafo 3º, diz: “a liberdade de criar instituições educativas de acordo com os princípios democráticos, bem como o direito dos pais de zelar pela educação e instrução dos seus filhos de acordo com as suas crenças religiosas, filosóficas e pedagógicas, são respeitados de acordo com as leis nacionais que os regem. exercício”.

É incrível o fervor com que todos os países da Europa Ocidental atacaram a Hungria, sem entrar no mérito da nova lei e sem sequer ter em conta o objectivo louvável de protecção dos menores.

Além disso, a Europa que condena a Hungria sem recurso é a mesma Europa que, ao votar a favor do Relatório Matić, se manifestou a favor do aborto como um “direito humano”. Para afirmar um direito presumido, porém, é necessário espezinhar o dos mais fracos: os nascituros e os que se encontram na delicada fase de crescimento, agora incluídos num processo educativo. A vida do primeiro está ameaçada, a inocência do segundo. Isto é oA Europa hoje: forte com os fracos e fraca com os fortes. Uma Europa agora tremendamente coerente com os seus novos princípios anti-humanos, mesmo antes de serem anti-cristãos.

Por Luca Marcolivo | Fonte

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