Roma (NEV), 26 de março de 2021 – “Já em tempos normais, a situação de muitas famílias é complicada. Depois de um ano de covid-19, a situação é ainda mais complexa.” declarou o tenente-coronel do Exército de Salvação na Itália (EdS), Jacques Donzena sequência da nova iniciativa para famílias frágeis.
“É por isso que estamos particularmente gratos por ter podido participar, com vários parceiros, no esforço de distribuição de pacotes solidários a muitas famílias romanas. É um privilégio para nós, como Exército de Salvação, poder colaborar com associações e organizações que cuidam dos mais vulneráveis. – continuou o Chefe do Comando EdS Donzé – Nós, como sempre, nos colocamos à disposição com todas as nossas forças em favor dos mais frágeis. E agradecemos a cada pessoa que colaborou para tornar tudo isso possível.”
Os “pacotes de solidariedade”
Mais de 8.600 famílias receberam pacotes solidários. Isto graças a um compromisso colectivo de diversas associações e organismos, incluindo a EdS, que se ocupam do “bem-estar inovador e operacional”, conforme afirma a nota do Fórum do Terceiro Sector do Lácio. “De certa forma, foi uma pequena celebração”, comentou ele Francesca Danese, porta-voz do Fórum do Terceiro Setor do Lácio. O Fórum representa e valoriza todo o mundo do voluntariado, do associativismo e da cooperação social nos territórios. “Por um lado – continuou Danese -, a alegria das crianças com a chegada do mascote Romolo e da van amarelo-vermelha Roma Cares ao bairro de San Lorenzo, na capital. Por outro lado, a distribuição de parcelas a centenas de famílias em situação de fragilidade. Juntamente com o braço social da AS Roma, a Cooperativa Prassi e de Investigação e o Exército de Salvação. Isto também faz parte do trabalho do Fórum do Terceiro Setor do Lácio para o desenvolvimento de um modelo de bem-estar inovador, multifacetado e em rede”.
Este é um projeto piloto de co-design e co-programação. Esta é uma prática prevista no artigo 55 do Código do Terceiro Sector que as Administrações Públicas, explica Danese, deveriam finalmente adoptar.
A situação do “vale-compras”.
Entretanto, várias associações activas no domínio da solidariedade, incluindo A Buon Diritto e a Amnistia Internacional Itália, lançaram este apelo: “Vales de compras apenas para residentes. Mas muitos permanecem excluídos.”
As associações signatárias pedem à Administração que reconsidere as medidas de acesso aos vales de compras. O objetivo é obter a substituição do requisito de residência na área municipal pelo de domicílio, ainda que temporário. “Há um ano – lemos no apelo – o edital incluía também aqueles que estavam temporariamente em nossa cidade. Apesar de ter residência em outro lugar. O judiciário fez então o resto, abrindo a oferta até mesmo para quem não tem autorização de residência regular. Motivo: uma medida de emergência não pode excluir aqueles que se encontram numa grave situação de marginalidade social e económica”.
A dotação da Região do Lácio para “vales de compras” ascende a 5 milhões de euros para Roma Capital. As associações denunciam a complexidade da obtenção do registo cartorial em Roma. E, ainda, o mercado de residências falsas e de sublocação ilegal. Solicitam, portanto, que os potenciais beneficiários incluam também “aqueles que mais necessitam de apoio para a sobrevivência e a compra de bens de primeira necessidade”. Ou seja, “uma parte da população migrante, estudantes e cidadãos ‘não residentes’ que estão domiciliados na nossa cidade. Porque é um dever não deixar ninguém para trás, principalmente agora”, concluem.
Organizações e associações distribuíram “pacotes solidários” a 8.600 famílias. O esforço para ajudar as pessoas necessitadas multiplicou-se, também na sequência da pandemia de covid-19. E o valor atribuído pela Região do Lácio para “vales de compras” é de 5 milhões de euros: as associações pedem para alargar os requisitos de acesso também a migrantes, estudantes e cidadãos ‘não residentes’
