TAMBÉM EM 2004 MÁS PREVISÕES PARA AIN ISSA E AFRIN NOVAMENTE SOB ATAQUE TURCO – Notizie Cristiane

TAMBÉM EM 2004 MÁS PREVISÕES PARA AIN ISSA E AFRIN NOVAMENTE SOB ATAQUE TURCO – Notizie Cristiane

4 de janeiro de 2024 0 Por Editor

Pouco para comemorar para os curdos nos últimos dias de 2023.

No final de um ano particularmente marcado por ataques (uma guerra de desgaste, embora eufemisticamente definida como “guerra de baixa intensidade”, porém de “longa duração” e cuja conclusão não está à vista) contra as áreas autónomas do norte e leste do Na Síria, o exército turco (sempre em boa companhia dos seus representantes jihadistas) bombardeou mais uma vez colonatos, casas e infra-estruturas em Aïn Issa. Em particular (no dia 25 de Dezembro) junto à estrada M4, via de trânsito essencial para a região. As aldeias de Xalidiyê, Hoşan e Mestûra (a oeste de Aïn Issa) foram fortemente atingidas.

Noutros locais (a leste), além de algumas pontes, foram danificados silos de cereais.

Outras aldeias (Xerbet Şealê, Şewarxa…) no distrito de Shera (Afrin) também foram alvo dos ataques. Como sempre, um bom número de vítimas eram civis.

Enquanto “ponto estratégico” para as regiões autónomas do Eufrates e Cizîr, Aïn Issa assume desde 2019 – a despeito disso – o papel de alvo privilegiado das operações militares de Ancara na Síria.

Até agora, nos seus ataques recorrentes a Rojava, a Turquia adoptou uma estratégia de bombardeamento sistemático.

Atingir preferencialmente os locais responsáveis ​​pela administração, defesa, economia e saúde das regiões autónomas.

Em 2023, foram registrados um total de 798 ataques.

Dos quais 578 com armamento pesado (principalmente projéteis de artilharia) e 103 com aviação (caças-bombardeiros e drones).

Outros 25 com armas leves (ver em particular os franco-atiradores, comumente conhecidos como “atiradores”) e pelo menos dois com uso de minas.

As mortes confirmadas foram 173 (cerca de quinze feridos) entre as forças de defesa de Rojava e 39 (pelo menos oitenta feridos) entre civis.

Como já foi relatado, os mais afectados foram todas as infra-estruturas indispensáveis ​​à própria sobrevivência da população. São instalações petrolíferas (meia dúzia afetadas em 2023), centrais elétricas (sete), estações de purificação e distribuição de água (cinco). Além de escolas, hospitais (incluindo o centro médico de diálise Qamishlo), escritórios administrativos…

Está agora claro que – depois do entusiasmo (fictício, instrumental…?) pela libertação de Kobanê do ISIS (e o mais modesto, de indignação genérica, pelo ataque contra Afrin em 2018) – sobre Rojava e a luta para a autodeterminação e autogoverno dos curdos, caiu um véu impiedoso de indiferença substancial (digamos “suspensão”).

Em vez disso, parece óbvio que – embora de “baixa intensidade” – estas operações militares tornam incerto o futuro e a sobrevivência do Confederalismo Democrático em Rojava.

Com o “cessar-fogo” decretado (pelo menos formalmente) em 17 de Outubro de 2019, os ataques em grande escala da Turquia contra Rojava foram suspensos. Mas, na realidade, o ataque nunca diminuiu. Não só em Rojava, mas também no Iraque.

Segundo alguns analistas, a “guerra de baixa intensidade” estaria agora também associada à “guerra híbrida” e à “guerra combinada” (guerra composta).

Em suma, uma estratégia que, a par das operações militares tradicionais (em parte reduzidas), planeia outras (de um certo ponto de vista terrorista) como assassinatos selectivos, assassinatos sectários, execuções extrajudiciais, raptos e sequestros, queimadas de colheitas, ataques encomendados por gangues contratadas, provocações de vários tipos e movimentos forçados da população. Além, claro, do uso excessivo de drones.

Por exemplo, já nas primeiras seis semanas após o “cessar-fogo” (Outubro de 2019), houve uma infinidade de ações hostis de vários tipos. 143 incursões armadas, 42 bombardeios de drones e 147 bombardeios de artilharia. Tendo como resultado (novamente nas primeiras seis semanas da alegada “trégua”) a ocupação de cerca de noventa localidades, o assassinato de pelo menos uma centena de pessoas e mais de sessenta mil deslocados.

E felizmente o “cessar-fogo” foi decretado, pode-se dizer!

Esta é a estratégia de Ancara, que no entanto não hesita em relançar ofensivas em grande escala (como em 2022) quando o considera apropriado.

Algo semelhante (se não pior, veja-se o uso de armas químicas) também acontece em algumas áreas curdas do Iraque, em particular na área das montanhas Qandil.

Onde igualmente – graças à presença das guerrilhas curdas – foram criadas formas de autogestão popular (ver no campo de refugiados de Makhmour e na região habitada pelos Ezidis de Shengal…).

Uma atualização rápida. Os primeiros ataques indiscriminados de aeronaves turcas contra cerca de uma centena de alvos em Afrin datam de 20 de Janeiro de 2018. O início da invasão brutal cinicamente chamada de “Ramo de Oliveira”.

Em 15 de março, as milícias que serviam Ancara cercaram a cidade, sujeitando-a a bombardeamentos de artilharia e os aviões atingiram o único hospital em funcionamento (matando cerca de quinze civis na ocasião). Enquanto a maioria dos civis abandonou a cidade (deixando no terreno mais de 500 vítimas do bombardeamento), as FDS (Forças Democráticas Sírias) também foram forçadas a recuar. Desde então, a arrogância autoritária dos ocupantes invasores assolou o país.

E em 2024 as coisas não parecem mudar, exceto para pior. Já no dia 1º de janeiro, foi registrado o sequestro de uma família inteira (quatro pessoas: Delîl Hebeş, sua esposa Ferîde Îbrahîm e seus dois filhos) por mercenários de Ancara. Para que conste, de acordo com dados fornecidos pelo Centro de Documentação Criminal, só no cantão de Afrin, em 2023, as forças de ocupação raptaram pelo menos 435 pessoas.

Antes da invasão turca, Afrin era uma das zonas mais seguras da Síria, habitada por mais de 300 mil pessoas (incluindo muitas pessoas deslocadas que fugiram de outras zonas do país).

Atualmente vivem aqui cerca de 200 mil curdos com outras comunidades (muito variadas do ponto de vista religioso: yazidis, alavitas, cristãos, sunitas…).

Gianni Sartori

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